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são a principal causa de desistência quando se fala em mudanças alimentares. Rigor, sofrimento, restrições em nome do “ser saudável” não têm nada de saudável.
Professora do departamento de nutrição da UFPR, Regina maria Vilela comenta: “Considero positivo as pessoas terem aumentado
seu interesse pela alimentação. só lamento que muitas não compreendam a seriedade de utilizar dietas sem orientação especializada. isso pode trazer sérios riscos à saúde”, afirma.
Regina é doutora em nutrição e mestre em Bioquímica. está ligada ao projeto “a Comida é nossa”, que promove a diversidade da culinária brasileira e a importância de não se deixar levar por dietas ou modismos. Uma das linhas de trabalho tem,
não por acaso, o nome “nutrição
e Confusão”. “esse espaço, no portal, foi motivado para refletir
sobre o excesso de informações sobre nutrição nos meios de comunicação, o que, na maioria das vezes, confunde as pessoas. nossa ideia é deixar mais claras as funções dos alimentos na saúde humana”, explica a professora.
ela ressalta que mesmo quem opta pelo veganismo (algo além de motivações estéticas) precisa de orientações profissionais.
“É possível ser vegano com saúde, desde que alguns cuidados sejam tomados, como o controle dos níveis de ferro e de vitamina B12.
o problema é que dieta vegana não é sinônimo de baixas calorias. É preciso cuidar com o excesso delas”, lembra Regina.
enquanto se diversificam as linhas de pensamento apontando o
que faz bem e o que não faz, nos consultórios dos profissionais
de nutrição começam a ser ouvidos desabafos oriundos dessa confusão. segundo adriano,
Há que se ter cuidado com decisões arbitrárias envolvendo
o corpo. o “estar saudável” é
algo totalmente particular
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