Page 68 - Medplex Eixo Norte

alimentos e saúde
até uma ou duas gerações atrás pouco se
questionava a alimentação de cada dia
mais do que isso: o quanto aquilo fará bem ou mal à saúde – ou, no caso de vegetarianos e veganos, se aquilo discrimina ou oprime algum animal.
as refeições estão associadas a
algo maior do que apenas saciar
a fome ou agradar ao paladar. em todas elas, da manhã à noite, há uma decisão a ser reafirmada, um cuidado que determina escolhas e, por consequência, um estilo de vida. longe de defender essa ou
aquela decisão alimentar, os nutricionistas ouvidos aqui sugerem um passo atrás, no melhor estilo “muita calma nessa
por isso que surgiu a expressão tão propagada atualmente: “funcional”, pois os alimentos têm compostos bioativos promovedores de reações), emocionais, genéticos e práticos, claro. Como assumir um compromisso alimentar cheio de restrições sem considerar a rotina da pessoa? esse é o diferencial que a visita regular a um nutricionista garante: o olhar sobre o paciente, levando em consideração suas necessidades e seu cotidiano.
“o ‘estar saudável’ é algo totalmente particular. o alimento ativa um padrão genético só seu”, avisa adriano lenz, especialista em
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hora”. a ideia circunscrita nessa pluralidade de comportamentos
à mesa é: aquilo que se faz a
cada refeição tem impacto na saúde, na balança e no ambiente
ao redor. esse pensamento é bem-vindo, mas – alertam – há
que se ter cuidado com decisões arbitrárias envolvendo o corpo (principalmente se elas não incluem um profissional da nutrição ajudando a tomar e praticar as novas decisões à mesa).
a nutrição é uma ciência difícil, ela envolve aspectos bioquímicos (e é
nutrigenética, nutrigenômica e nutrição esportiva. “não existe um protocolo padrão. Você pode se inspirar numa linha ou método e, então, buscar um profissional não para imitar essa ou aquela blogueira, copiar o que deu certo com outra pessoa, mas investigar e investir
no que serve a você.” além disso, lembra ele, não existe perfeição. Um profissional capacitado vai ajudar
a fazer ajustes, que fatalmente serão necessários em nome da consistência e da regularidade com novos hábitos à mesa. Radicalismos